sábado, 7 de abril de 2012

MÚSICA CONTRA A DOR

Diversão, cultura ou terapia, a música é isso e muito mais! Uma pesquisa da Fundação Cleveland Clinic, nos Estados Unidos, revelou que as canções aliviam a dor crônica. O estudo comparou por uma semana dois grupos de 30 pacientes com o sintoma. Os que ouviram música uma hora por dia tiveram uma redução de 20% na percepção da dor. Os outros subiram 2% na escala de dor, disse a ISTO É Sandra Siedlecki, co autora da pesquisa. Ela registrou também a melhora de manifestações ligadas à depressão, um dos males associados ao convívio com a dor crônica. E tanto faz o tipo de música que você ouve, desde que goste, explica Sandra.
Por resultados como esse, a relação entre a música e a medicina é tema de interesse crescente. Há duas semanas, por exemplo, cientistas da Santa Casa de São Paulo, anunciaram os resultados de um estudo que envolveu as composições do austríaco Wolfgang Amadeus Mozart e pacientes com glaucoma, doença que pode levar a cegueira. Ouvir dez minutos de Mozart antes do exame diagnóstico permite uma avaliação mais precisa da progressão da doença, explica o oftalmologista Carmo Mandia, um dos membros da equipe que assina o trabalho publicado no Britsh Journal of Ophtalmology e liderado pela médica e musicista Vanessa Macedo. Neste caso, os benefícios advém do relaxamento, que facilita os reflexos.
Porém os pesquisadores acreditam que há outros processos que colaboram para a melhora da performance. A música interfere no sistema que regula as emoções. E já se sabe que o estado emocional está ligado à percepção da dor, afirma o neuropediatra Luiz Celso Vilanova, da Universidade Federal de São Paulo.

    ROCK NA SALA DE CIRURGIA

Depois de pinças e tesouras, a música é outro recurso que não pode faltar na sala de cirurgia do médico Nilton Kawahara. E o som que o cirurgião habitualmente escuta enquanto opera seus pacientes não é como se poderia imaginar, Beethoven ou Chopin. A batida é outra. O ritmo que descontrai o ambiente e deixa o médico e a equipe ligados é o techno, o rock e até o funk. Tudo isso alto e em bom som. É um hábito incomum e alguns colegas até acham estranho, conta o médico. No entanto, o cirurgião assegura que a música agitada o deixa mais atento e toda a equipe mais concentrada. Tem sido assim há dez anos, afirma Kawahara. O médico é dono de uma coleção de 130 cds usados especialmente nessas ocasiões.

OLHOS: pacientes com problemas visuais ou neurológicos que ouviram Mozart tiveram melhores resultados em testes de visão do que outros que não escutaram as composições.
COMPORTAMENTO: Hospitais usam música para diminuir a tensão de bebês, crianças e adolescentes antes e depois de cirurgias.
CORPO E MENTE: ouvir música proporciona sensação de bem -estar.

CORAÇÃO: Seleções musicais que misturam rítmos rápidos, lentos e pausas que prendem a atenção do ouvinte podem ter efeito relaxante e influenciar o rítmo dos batimentos cardíacos e níveis da pressão arterial.

Digitado por Cláudia Cavalcante. Extraído da Revista Medicina. Reportagem de Mônica Tarantino.



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